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A inflação de novembro medida pelo IPCA subiu 0,39%, caindo 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação aos 0,56% de outubro. Mesmo assim, o resultado ficou levemente acima da mediana das expectativas, que era de 0,37%. No ano, a inflação acumulada é de 4,29% e nos últimos 12 meses está em 4,87%. O resultado supera o teto da meta, que é de 4,50%.
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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado foi influenciado pelas altas no grupo Alimentação e bebidas (1,55%), após aumento nos preços das carnes (8,02%). E também pela alta nos grupos Transportes (0,89%), impulsionado pelo aumento da passagem aérea (22,65%). Porém, os combustíveis caíram 0,15%, influenciados pelas quedas de 0,19% nos preços do etanol e de 0,16% nos preços da gasolina.
No grupo Despesas pessoais houve uma alta de 1,43% nos preços, influenciado pelo aumento de 14,91% no preço do cigarro.
Em termos de impacto no índice geral de novembro, Alimentação e bebidas exerceu 0,33 p.p, sendo que, entre os subitens, contrafilé, alcatra, refeição, óleo de soja e costela pressionaram para este aumento, com o impacto de 0,03 p.p cada.
“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, diz André Almeida, gerente do IPCA e INPC.
O grupo de Transportes registrou alta de 0,89%, influenciada pelo subitem passagem aérea, que subiu 22,65% e contribuiu com 0,13 p.p., maior impacto individual no índice do mês. Por sua vez, gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) registraram variações positivas.
Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano subiu 3,64%, após gratuidades concedidas nas passagens nos dias de eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em São Paulo, foram registradas reduções de -0,43% no trem e no metrô, decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população nos dias de realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
André Almeida destaca a influência vinda das passagens aéreas. “A proximidade do final de ano e os diversos feriados do mês podem ter contribuído para essa alta”, explicou o gerente da pesquisa.
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